Uma história de quase quarenta anos, que, como escrevemos na reportagem, “já passou pelos gabinetes de mais de quarenta julgadores das áreas cível, criminal, trabalhista e tributária, nas esferas estadual e federal, em todas as instâncias do Judiciário”.
O trabalho de apuração conduzido ao longo de três meses pela experiente repórter Mariana Sanches e editado, durante dois meses, pelo time do JOTA evidencia a dificuldade do Judiciário brasileiro de por fim a um conflito, que já custou uma fortuna aos cofres públicos, um tempo incalculável de membros do Ministério Público e do Judiciário e muitos anos da família Gruenberg vivendo com a espada da Justiça na cabeça.
Leia a apresentação dos memoriais do Caso Gruenberg:
Muito se fala sobre a lentidão do Judiciário brasileiro e sobre os casos que se arrastam por décadas em escaninhos de fóruns e discos rígidos de computador, consumindo os direitos que se propuseram a reclamar. Pouco se pensa, no entanto, na colossal e fastidiosa tarefa dos magistrados de enfrentar a avaliação de milhares de páginas de intrincadas disputas, que se renovam e se complicam a cada novo recurso, transformando os autos, muitas vezes, numa digressão técnica de seu fundamento original.
Estes memoriais jornalísticos aqui apresentados são uma inovação jornalística, criada pelo JOTA, com a missão de oferecer um roteiro independente e imparcial sobre a história da cobrança de uma dívida pelo advogado e empresário Wolf Gruenberg, que se iniciou há quase quarenta anos e se transformou num emaranhado de ações penais. Para o JOTA, a aplicação dos princípios do jornalismo investigativo na verificação do percurso dos processos e a apresentação de uma narrativa jornalística bem costurada que sopese acontecimentos essenciais e subsidiários constituem poderosos elementos para a compreensão dos fatos.
Ao longo de cinco meses, o trabalho de reportagem consistiu na leitura das milhares de páginas dos autos e em entrevistas com as pessoas que definiram os rumos da história, para entender e explicar o contexto em que as decisões foram sucessivamente tomadas. Este trabalho não defende teses, apenas expõe os fatos.
Por contrato, Gruenberg concordou em patrocinar a produção jornalística independente feita pelo JOTA e teve acesso a este conteúdo apenas depois de sua conclusão. Em contrapartida, ficou facultado a sua defesa o direito de juntar aos autos o material que se lerá nas próximas páginas – ou simplesmente descartá-lo.
Leia na íntegra