Dr. Wolf Gruenberg

Wolf nasceu em 1948, pouco depois da Segunda Guerra Mundial, no campo de refugiados de Wolfrathausen, onde seus pais se conheceram. Quando a guerra acabou, era inviável para judeus como eles permanecer na Alemanha.

O casal Gruenberg e o filho de 3 anos, nascido apátrida, cruzaram então o Atlântico para se estabelecer na Bolívia, depois no Brasil. Wolf viveu em Corumbá, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre.

Aos 18 anos, recebeu a cidadania brasileira.

Satisfação com a vida beneficia a saúde óssea

Estudo realizado na Universidade da Finlândia do Leste indica que mulheres de 60 a 70 anos que se sentem satisfeitas com suas vidas têm maior densidade

óssea e sofrem com osteoporose com menos frequência que aquelas mulheres insatisfeitas. A osteoporose é uma doença que pode acarretar fraturas ósseas:as fraturas do quadril, por exemplo, podem ocasionar consequências graves.

À medida que as pessoas envelhecem, a densidade óssea diminui. No entanto, a menopausa é um fator de risco significativo para as mulheres. Além do mais, há outros fatores de risco para a osteoporose: baixos graus de atividade física, composição corporal leve, tabagismo, baixo consumo de cálcio e vitamina D – alguns fármacos e transtornos médicos também podem ser um fator de risco.

O estresse a longo prazo acompanhado de quadros de depressão pode, por, exemplo, gerar efeitos nocivos sobre o metabolismo e, consequentemente, na saúde óssea. Assim, o comportamento de uma pessoa estressada e deprimida pode aumentar o risco de osteoporose. Isso porque, geralmente, a pessoa com esse comportamento tende a fumar ou a realizar muito pouco exercício físico.

No estudo, utilizou-se a satisfação com a vida para medir o bem-estar subjetivo (um bem-estar subjetivo é um indicador de saúde mental). O objetivo com isso foi determinar se a satisfação  com a vida também está associada com a saúde óssea. Os dados do estudo foram obtidos com o “Estudo de Fatores de Risco e Prevenção de Osteoporose de Kuopio (OSTPRE)”, que investiga os efeitos de riscos e fatores protetores sobre a densidade óssea e as fraturas desde 1989.

As mulheres participantes do estudo responderam à pesquisa por correio, além de participarem de determinações da densidade óssea. O estudo incluiu 2.167 mulheres que se submeteram a determinação da densidade óssea em 1999. E destas mulheres, 1.147 participaram das medições de seguimento em 2009. A satisfação na vida foi avaliada mediante quatro perguntas ligadas ao interesse das mulheres no estudo e o conforto na vida, a felicidade e também a tristeza.

A partir das respostas, as participantes foram divididas em três grupos: o grupo das satisfeitas; o grupo intermediário; e o grupo das insatisfeitas. Com enfoque nos possíveis efeitos da depressão e outros fatores sobre a saúde óssea, o estudo demonstrou, durante o seguimento a 10 anos, que a densidade óssea de todas as participantes do estudo enfraqueceu uma média de 4%. Porém, a diferença entre o grupo das satisfeitas e o grupo das insatisfeitas foi de até 52%. As mudanças na satisfação com a vida ao longo desse período também afetaram a densidade óssea. Nas mulheres cuja satisfação com a vida era baixa, a densidade óssea enfraqueceu em 85% em comparação com mulheres cuja satisfação com a vida melhorou no período em que o estudo foi realizado.

Conclui-se, portanto, que estar satisfeito com a vida é um fator importante e um indicador de bem-estar. Com base no estudo, a satisfação com a vida está relacionada à saúde, enquanto a insatisfação é um fator de incapacidade para trabalhar, de doença e de mortalidade. A satisfação com a vida também se revelou associada com a saúde óssea, diminuindo a osteoporose provocada pela idade. Os pesquisadores entendem que promover uma boa satisfação com a vida nos idosos é mais importante do que procurar opções de estilo de vida saudáveis. Fatores individuais que mantêm e melhoram a satisfação com a vida também apresentam efeitos favoráveis em relação à saúde óssea.

Fonte: Science Daily