Absurdos ditos devem ser rebatidos

Quando ouve um absurdo, algo com que não concorda, você fica quieto ou rebate? Certas vezes um familiar, um amigo, um colega de trabalho ou uma pessoa desconhecida age, na sua fala, de modo preconceituoso, por exemplo, e, convenientemente, ignoramos ou trocamos de assunto. Achamos normal evitar confrontos quando possível. Mas será que ‘reagimos’ corretamente?

Calar-se diante de uma manifestação ingênua ou ignorante de determinada pessoa pode sugerir que ela está correta – e, assim, continuará a dar as suas opiniões equivocadas. Portanto, o silêncio, talvez por respeito à opinião do outro, talvez por não querer contrariar a pessoa, pode não ser o caminho mais apropriado. O debate com contraponto, sim, é o melhor caminho a ser feito.
Embora busquemos pessoas com opiniões semelhantes às nossas (futebol, política, religião etc.), até pela identificação, é necessário contrapor aqueles discursos de ódio para que não se tornem, no futuro, algo banal. Sendo eles corriqueiros, as pessoas que compactuam com os discursos, se fortalecem e o mundo fica cada vez mais complicado. O mundo não deve ser padronizado.
Opiniões contrárias podem encontrar um meio termo, podem fazer as pessoas refletirem e concluírem o que é certo e o que é errado. E silenciando-se ou, pior, concordando para evitar discussão, a pessoa se sentirá mais à vontade para reproduzir absurdos a quem quiser. Portanto, deixar de rebater a opinião absurda de alguém não é respeitoso de nossa parte. É pura cumplicidade.
Não deixe que os discursos absurdos por aí (homofóbicos, racistas, sexistas, entre outros) se proliferem. Não se trata de procurar briga, mas de debater com verdades para que mentiras (contadas mil vezes) não se tornem verdade. O bom senso deve prevalecer e não a injustiça pregada em discursos de ódio. É preciso lembrar que tais absurdos atingem pessoas. Não podemos nos calar.