O auge da vida

Quando atingimos o auge de nossa forma física? E o auge de nossa memória? Ao analisar a literatura médica, a BBC Future descobriu diversos

aspectos do nosso corpo que se modificam ao longo da vida.

Forma física

A melhor idade para correr os 100 metros rasos é aos 20 anos. Depois disso, a capacidade de realizar atividades que exigem explosões de energia rápidas e repentinas sofre um declínio. Mas para esportes que exigem “ultra-resistência”, como corridas muito longas, atletas mais velhos apresentam um desempenho melhor – após 30 ou 40 anos, a queda dessa capacidade é suave.

Memória

A partir dos 20 anos, a capacidade de registrar novas informações na memória entra em decadência. No entanto, a memória de trabalho (de curto prazo) – por exemplo, se lembrar de instruções para chegar a algum lugar –, se mantém por mais tempo estável, entrando em queda gradualmente depois dos 40 anos. É a partir dessa idade, inclusive, que atingimos o auge de nossa criatividade – mas que começamos a perder ela também.

Conhecimentos

Até a meia-idade (entre 40 e 55 anos), a compreensão aritmética e escrita, por exemplo, continuam se desenvolvendo. O raciocínio social chega a atingir seu auge ainda mais tarde. Isso significa que nossas habilidades mentais melhoram e decaem em ondas (uma passa, mas outra surge em seguida).

Sexualidade

O desejo sexual e a atividade sexual não sofrem quedas rapidamente até ao menos os 50 anos. Segundo estudo que avaliou “a expectativa da vida sexual ativa”, homens com 55 anos podem esperar por mais 15 ou mais anos de sexo relativamente frequente, enquanto as mulheres com 55 anos ainda têm pouco mais de uma década de relações sexuais frequentes. A relação sexual pode não ser vigora como outrora foi, mas 30% das pessoas saudáveis entre 65 e 74 anos ainda fazem sexo pelo menos uma vez por semana.

Conclusão

A análise feita pela BBC Future aponta que o auge da vida sexual ocorre aos 20 e poucos anos, enquanto o da forma física acontece aos 30 e poucos. Em relação à mente, o pico ocorre entre os 40 e 50 anos. E a felicidade? Acredita-se que aos 60 anos, em média, pois é a partir dessa idade que o prazer de viver aumenta. Isso pode ser parcialmente explicado pelo fato de uma pessoa acima dos 60 anos ter, enfim, aprendido a equilibrar suas emoções depois de tantas transformações nos anos anteriores.

Entretanto, é importante ressaltar que não existe um auge definitivo na vida. Os aspectos negativos do envelhecimento, aliás, podem ser evitados ao máximo. A prática de exercícios físicos, por exemplo, melhora a forma física e afasta doenças como o diabetes e o câncer, além de reforçar a memória.