A caixa de Pandora

Os depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, deram início à abertura de uma verdadeira caixa de Pandora, permitindo que viessem a público, se nem todos, muitos males da humanidade governamental petista.

São denúncias para todos os lados. Nem nos esquecemos do Mensalão e já temos o Petrolão. Isso em meio a uma campanha eleitoral das mais disputadas, onde a candidata reeleita cumpriu a máxima de seu líder maior e de seu partido fazendo o diabo para vencer. Chega a ser cômico ver não fosse trágico para o país), dias após o pleito, cada fala da candidata ser derrubada pela presidente (me recuso a escrever diferente). 

E as notícias que chegam sobre o depoimento dos delatores premiados vão envolvendo cada vez mais políticos, aumentando o mar de lama que vem se formação há anos, desde o Mensalão. Isso, Mensalão, aquela história que acabou na prisão de ícones do PT, mas que são tratados como heróis. Esse mesmo, em que um a um começam a ter o privilégio de voltar para casa, cumprir “pena” fora da prisão (???).

Mas se a lei permite, o que fazer? Por enquanto, minha sugestão é votar diferente. Mas este é um tema para outro artigo, quem sabe mais perto da próxima eleição.

O fato é que a caixa de Pandora está sendo aberta e, certamente, teremos outras denúncias graves vindo a tona. O que a mídia tem divulgado é apenas uma pequena parte, tem muito mais por vir. Lembram que a presidente quis saber de todo o depoimento durante a campanha, mas ele ainda não poderia ser divulgado? (Ela praticamente exigiu) Pois então, até mesmo ela ainda deve ser surpreendida com novas denúncias.

Como ela reagirá? Com a mesma traquilidade de seu antecessor? Aquele que não sabia de nada, inocente. Provável. Mas aquele que não sabia de nada já começou a preparar o terreno para o seu retorno e usa seu grande aliado e amigo, fiel escudeiro, Gilberto Carvalho, para expor seu pensamento publicamente, mas que não deve sair de sua boca, apenas de sua mente. Criticando a presidente, o ministro Carvalho vai dando o tom que Lula quer, pavimentando seu caminho de volta ao palácio.

Mas esperemos que a delação premiada seja, de fato, um prêmio, um prêmio para os brasileiros. Que as denúncias enterrem, de vez, as chances de manutenção do poder por estes que aí estão. E não falo de impeachment, falo de uma eleição limpa daqui a quatro anos, onde dizer que não sabia de nada não cole mais. Que os eleitores tenham aprendido a lição e mudem o rumo das coisas. Que coloquem este grupo que governa na oposição novamente. Aliás, será muito interessante ver como se comportará este grupo após ter governado por mais de uma década. Será que saberão fazer uma oposição responsável? Ou voltarão ao posicionamento anterior de ser sempre contra a qualquer proposta da situação? O tempo dirá!.