Dr. Wolf Gruenberg

Wolf nasceu em 1948, pouco depois da Segunda Guerra Mundial, no campo de refugiados de Wolfrathausen, onde seus pais se conheceram. Quando a guerra acabou, era inviável para judeus como eles permanecer na Alemanha.

O casal Gruenberg e o filho de 3 anos, nascido apátrida, cruzaram então o Atlântico para se estabelecer na Bolívia, depois no Brasil. Wolf viveu em Corumbá, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre.

Aos 18 anos, recebeu a cidadania brasileira.

Filmes para assistir: “Ponte dos Espiões” e “Labirinto de Mentiras”

Em 1957, o advogado James B. Donovan, especializado em seguros, defendeu o espião

soviético Rudolf Abel, após muitos outros advogados se recusarem. Donovan perdeu o julgamento, mas evitou que o tribunal sentenciasse Abel à pena de morte. Cinco anos depois, Donovan foi mediador da troca entre Abel e o piloto americano Francis Gary Powers, capturado pela União Soviética. A troca ocorreu em de 10 de fevereiro de 1962 sobre a Ponte Glienicke, que unia a Alemanha Oriental à Alemanha Ocidental.

Em 1958, inicia-se uma investigação relacionada aos crimes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, que culminaria no julgamento de alguns dos responsáveis pelas atrocidades cometidas no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. O julgamento foi realizado entre 1963 e 1965 e revelou ao mundo os horrores dos campos de concentração.

Recentemente, esses acontecimentos históricos foram narrados em filmes. “Ponte dos Espiões” (2015), do diretor Steven Spielberg, conta a história de Donovan (interpretado por Tom Hanks) e o seu papel central nas negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética para troca de prisioneiros durante a Guerra Fria. Enquanto “Labirinto de Mentiras” (2014), do diretor Giulio Ricciarelli, parte de histórias reais para reconstituir os bastidores da investigação que levou a julgamento ex-guardas do campo de concentração de Auschwitz.

Indicado a sete categorias do Oscar – o ator Mark Rylance, que interpreta Rudolf Abel, venceu como melhor ator coadjuvante –, “Ponte dos Espiões” foge do drama de tribunal e do militarismo da época. O filme usa do humor para contar a história. “Labirinto de Mentiras”, por sua vez, é didático ao abordar a sua história. Pré-indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, como representante da Alemanha, o filme ganha força e relevância por ser contado pelos próprios alemães.

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